terça-feira, 12 de novembro de 2013

O incrível mundo sob as águas



A diversidade de cores e formas dos peixes são incrivelmente infindáveis, pois não se pode contar nem nomear suas milhares de diferenças, que os tornam únicos e maravilhosos. Os fotógrafos mais ousados conseguem capturar imagens inacreditáveis que mostram o quanto esse mundo é extraordinário.

O fotografo David Doubilet captou imagens das profundezas do oceano, afinal sua paixão pelo fundo do mar é muito grande: “Quanto mais eu mergulhava, mais eu descobria mundos sobre o que a humanidade pouco sabia e quase nada entendia”, disse ele.





O fotografo Joshua Lambus também impressionou com fotografias de animais marinhos luminosos no mar do Havaí. A coleção empolgante de imagens produzidas por Lambus inclui águas-vivas, polvos, lulas, camarões e diversos tipos de peixes brilhantes. A maioria deles é muito pequeno, podendo chegar ate 4 centímetros.




- Gabriela Tenari




Seydou Keita- O Pai Da Fotografia Africana




Formado para ser carpinteiro, Keita teve contato com a fotografia pela primeira vez em 1935, quando seu tio lhe deu uma Kodak Brownie Flash. Ele viveu em Bamako, entre 1921 e 2001. Por ser um retratista africano, tirou fotografias da sociedade Maliana na transição da colônia francesa para capital independente.

Suas técnicas eram inusitadas e fizeram sua fama, como por exemplo, seus panos de fundo decorativos. Considerado um dos maiores fotógrafos do século XX, reinventou a forma de retratar influenciando com suas obras a fotografia moderna.

Sua primeira exposição individual foi em 1995, em Paris, na Fondation Cartier, e logo depois vieram vários outros convites em vários lugares do mundo inteiro. Por retratar a vida e as pessoas africanas com uma excelência incrível foi considerado “O Pai da fotografia Africana”.







- Gabriela Tenari


Ralph Eugene Meatyard


Meatyard trás em suas fotografias uma atmosfera macabra e sombria.
Ralph Eugene Meatyard (1925 - 1972) é um dos mais famosos fotografos americano. O homem por trás de Dolls and Masks. Meatyard comprou sua primeira câmera em 1950 para fotografar seu filho, Michael. Ele estava profundamente conectado com a Filosofia Zen e fortemente influenciando pelo Jazz Music. Seus retratos misteriosos increditáveis de seus filhos andam numa linha entre o sentimental e gótico.

Através da câmera, Meatyard explorou e criou um mundo de fantasia de bonecos e máscaras, onde membros de sua família entraram em papeis macabros muito bem representados nas fotografias.

O Álbum de Família Lucybelle Crater, publicado postumamente em 1974, registrou sua esposa e família representados em vários cenários inquietantes, usando máscaras e segurando boneca e assim evocando uma paisagem emocional psicológico penetrante. Esta obra fora aclamada pela critica e sendo extremamente influente nas décadas seguintes.















Por: Natália Brunetta

Nikon Small Word

A competição Nikon Small Word premia anualmente imagens microscópicas que exploram a "beleza da ciência". As fotos são julgadas tanto pela beleza estética como pelo valor científico que carregam. Esse ano, o concurso, além de imagens surpreendentes, contou com a participação de um brasileiro entre os competidores. Alvaro Esteves Migotto, da USP, ganhou o terceiro lugar com a imagem de um verme marinho.


O segundo lugar ficou com a imagem de uma retina de tartaruga, feita por Joseph Corbo, da Universidade de Washington.

E o grande ganhador foi o holandês Wim van Egmond, que já teve 20 imagens dentre as finalistas de outras edições. Nesse ano, ganha a competição com a foto de um plâncton.


Mesmo sem uma colocação na competição, muitas imagens incríveis entraram para disputar esse prêmio.

Embrião de camaleão com suas cartilagens em azul e seus ossos em vermelho

Neurônios recebendo estímulo


Pedaço de osso preservado de dinossauro

Inseto preso em teia de aranha
- Camila Fencz

O anônimo da Abbey Road

Capa do 12° álbum da banda, chamado Abbey Road, lançado em setembro de 1969.
Uma das fotos mais emblemáticas no cenário do rock n’ roll, a capa do disco “Abbey Road” dos Beatles, mostra uma pegada mais espontânea por parte do grupo e do local onde a foto foi ambientada, na rua que deu a origem ao nome do álbum.

Tão espontâneo que a foto teve um personagem a mais, Paul Cole, um americano de Deerfield Beach, que passava as férias como sua esposa em Londres, e que no dia 08 de agosto de 1969, ás 10 da manhã foi capturado pelo fotógrafo Iain McMillan logo atrás do quarteto mais famoso do Reino Unido.


Em 2004 Cole explicou em entrevista ao jornal "Scripps Treasure Coast", como ele parou na capa de um dos dicos dos Beatles.

De férias com a esposa, Cole recusou o convite de sua mulher para entrar em um museu na famosa rua."Eu disse a ela que já havia visitado museus suficientes e continuei: 'Você vai lá, dê uma olhada, não tenha pressa e eu ficarei aqui para ver o que está acontecendo do lado de fora'."

Ao lado de fora, estava um carro da polícia, "Eu gosto de puxar papo com as pessoas", Cole disse. "Eu saí do museu e havia um policial sentado na viatura. Eu comecei a conversar com ele. Eu estava fazendo algumas perguntas sobre Londres, o controle do tráfego, coisas desse tipo. Só matando o tempo"

A sessão de fotos vista por outro ângulo.
"Aconteceu de eu levantar os olhos e ver aqueles caras atravessando a rua, como uma linha de patos", Cole lembrou. "Um bando de malucos, eu os chamei assim, porque eles tinham um visual bem radical para a época. Não se andava em Londres com os pés descalços."

O fotógrafo Iain McMillan estava em uma escada portátil no meio da rua. Enquanto os Beatles atravessavam, em fila única, a "Abbey Road". John Lennon em seu famoso terno branco, Paul McCartney descalço. A sessão de fotos durou apenas 10 minutos.


Sessão de fotos ambientada na rua que deu origem ao nome do álbum, Abbey Road.

Apenas um ano depois, Cole escutou o álbum "Abbey Road" no toca discos da família, Ao ver a foto do álbum, Paul Cole se surpreendeu.

"Eu estava com um casaco novo e tinha acabado de comprar um novo par de óculos", ele disse."Eu tive que convencer meus filhos que era eu na foto. Eu disse para eles, 'Peguem a lupa, crianças, e vocês verão que sou eu."

Paul Cole a parte americana no álbum da banda britânica.
Paul Cole morreu aos 96 anos no dia 13 de fevereiro de 2008 em Pensacola, Flórida.

Por: Natália Brunetta

Dear Stranger - Retratos de desconhecidos

Entre os anos de 1998 e 2000, Shizuka Yokomizo, uma fotógrafa de origem japonesa, começou um projeto que envolvia fotos de estranhos em suas janelas. Para tal, ela mandava um e-mail para a pessoa com a seguinte mensagem:
"Querido Estranho, eu sou uma artista que trabalha em um projeto fotográfico que envolve pessoas que não conheço... Eu gostaria de tirar uma foto sua, que está em seu quarto de frente para a rua, à noite. Uma câmera será posicionada em frente à sua janela. Se você não se importa de ser fotografado, por favor, fique na sala e olhe através da janela por 10 minutos em __- __- __ (data e hora ) ... Vou tirar uma foto sua e depois sair ... nós continuaremos a sermos estranhos um ao outro... Se você não quer se envolver, por favor, simplesmente feche suas cortinas para mostrar sua recusa... Eu realmente espero vê-lo pela janela. "
Na hora e data marcadas, Shizuka se esgueirava pelas ruas escuras e fotografava o tal desconhecido. Para ela, esse projeto revelou lados de pessoas que nunca trocamos uma palavra. Como se ela pudesse conhecer esse "Querido Estranho" apenas por observar pela janela e um pequeno espaço do cômodo.

Como todos sabem, fotografias trazem muitas interpretações. Quando observei as fotos pela primeira vez, senti solidão e tristeza, afinal, nenhum estranho se encontrava acompanhado nas fotos. Talvez seja mais um aspecto a ser passado por essa coleção de fotos muito delicada de Shizuka Yokomizo.










- Camila Fencz

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Sebastião Salgado - O mito brasileiro


Até agora em nosso blog, trouxemos fotógrafos internacionais talentosíssimos. Isso nos faz pensar o quanto a fotografia foi de grande importância no exterior e se, de alguma maneira, ela teria influenciado pessoas aqui no Brasil. E quando falamos de fotografia nacional somos agradavelmente obrigados a falar desse gênio.

Sebastião Salgado nasceu em uma vila, no interior de Minas Gerais. Estudou economia pela USP e trabalhou vários anos na área quando mudou para Páris, com sua esposa. Sua paixão com fotografia surgiu ao fazer uma viagem para a África e começar sua primeira sessão de fotos com uma Leica, emprestada de sua esposa. Logo depois, passou a atuar como fotojornalista e entrou para a agência Magnun.





Em um determinado momento de sua vida, abandonou o fotojornalismo e se dedicou a viajar pelo mundo em busca de belas fotografias. E assim nasceram seus livros. Uma de suas obras mais aclamadas foi Terra de 1997. Neste livro, Sebastião retrata a realidade de trabalhadores rurais sem-terra, mendigos, crianças de rua e outros grupos excluídos da sociedade. Esta obra foi feita em conjunto com Chico Buarque, que colaborou com uma pequena trilha sonora que vem gravada em um CD junto ao livro, e com José Saramago, escritor influente português, que ficou responsável pelo prefácio.




Seu livro mais recente é Gêneses, uma obra baseada no mundo fora da civilização moderna. Durante duas semanas, um exposição de mesmo nome da obra foi organizada por Sebastião e sua esposa e exposta no SESC Pompéia, São Paulo. 254 fotos de seu livro foram expostas e além de poder apreciá-las mediante toda sua majestade, ainda poderia correr o risco de cruzar com o próprio fotógrafo pelos corredores.




Apesar de ser um fotógrafo contemporâneo, Sebastião ainda reserva a magia da fotografia em preto e branco.Antes, como falta de escolha, hoje como opção. Quanto ao seu equipamento, revela em uma entrevista atual no Programa do Jô, o motivo de ter largado a fotografia analógica e migrado para a digital. "Comecei a enfrentar muitos problemas com meus rolos de filme nos aeroportos. As malas passavam pelo Raio-X e sua radiação era prejudicial. Passava por dezenas de aeroportos em poucas semanas e meus filmes eram prejudicados pela constante exposição. Decidi mudar para o digital não apenas pela qualidade, mas por que não teria mais esse tipo de problema e também economizaria espaço na bagagem, além de minhas malas ficarem muito mais leves."

- Camila Fencz