segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Impulso bélico no fotojornalismo

Quando pegamos um jornal ou apenas o avistamos nas bancas e na internet, somos colocados em contato direto com imagens referentes aos fatos tratados nas matéria. Acidentes, políticos, comemorações, fotos que contam história. Essa parte essencial do jornalismo tem muito mais a contar do que a última notícia do dia.

A HISTÓRIA

A Guerra da Criméia começou em 1854 e Roger Fenton, um famoso fotógrafo britânico, foi convidado pelo editor Thomas Agnew para cobrir o acontecimento. As fotos, ao contrário do que vemos hoje, não mostravam os horrores da guerra; muito pelo contrário, eram destinadas a promover o confronto, mostrando oficiais e soldados sorridentes em um ambiente bem cuidado. Nasce então a censura prévia à fotografia.
Roger Fenton - Guerra da Criméia



Roger Fenton - Guerra da Crimeia


Na mesma época,  James Robertson cobria a "Queda do Sebastopol", porém com um diferencial, mostrando os mortos em guerra. Uma novidade que influenciou muito tempo depois a maneira de fazer jornalismo, quando os jornais notaram que seus  leitores não mais queriam o ilusório e sim o factual.

James Robertson
James Robertson


As matérias ilustradas foram ganhando força e os leitores se tornaram observadores visuais dos acontecimentos. Segundo Robert Capa, já sitado aqui, aqui e aqui, quanto mais perto do acontecimento, melhor será sua foto, o que enriqueceu o fotojornalismo de guerra e ganhou o apreço das pessoas.

E HOJE?

Falar de jornalismo sem fotos é como contar a um cego alguma coisa. As imagens comprovam as palavras do jornalista, tornando o relato mais real e dando-lhe credibilidade. A Guerra, além de trazer benefícios tecnológicos para muitas áreas, trouxe para o jornalismo uma nova cara e uma nova maneira de contar história. Será que desta maneira podemos dizer, com segurança, que uma imagem vale mais do que mil palavras?

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