sexta-feira, 31 de maio de 2013

Cartier-Bresson (Marajá de Borada)

''O marajá de Baroda além de ser um dos mais importantes Marajás indiano, foi membro do Parlamento da Índia por duas vezes, artista plástico e mantinha no palácio de Baroda um dos mais importantes museus indianos”.
-Sayajirao Gaekwad III: 11 março, 1863 - 6 de fevereiro de 1939;
-Ficou no poder de: 1875-1939;






Ao mostrar esta fotografia para algumas pessoas, concluiu- se de modo geral, que a pobreza e a fome representada na imagem é muitas vezes gerada pela desigualdade social, sendo aniversário de um Maharajá, um "Lord" perante aos cidadães, onde vemos a população em geral aclamando por comida, em meio a miséria, decorrente de guerras, impostos e explorações. Assim definindo o modelo social empregado no mundo atual , onde poucas pessoas possuem muito e a grande maioria pouco.
Alguns depoimentos:

Meire Reche: "Algum lugar do mundo onde as pessoas disputam comida...tão injusto...me faz pensar em....que Deus permitiria isso? O que eles fizeram pra merecer isso? É permissão de Deus?"

Gabriel Calderaro:" Podem ser pessoas miseráveis da índia recebendo comida ou deve ser alguma manifestação religiosa."

João Rafael: "Bem, deve ter toda uma questão social por trás disso, tipo: uma campanha para alimentar os pobres e coisas do tipo. E tem também a situação dos que estão com fome e pode ser por causa de guerra, impostos muito altos ou um país miserável mesmo."

Renan Rower: "A primeira vista fiquei chocado, pois expressa o desespero das pessoas a busca de saciar sua fome, onde percebe-se que existe a desigualdade social."

Larissa Ribeiro: "A foto demonstra o desespero por comida, e a miséria em que as pessoas se encontram a luta por tão pouco."

Daniel Aquino:"A pobreza e a fome está em evidencia na imagem, em alguns casos, como da fotografia, é dada certa quantidade de alimento para a população em que está sofrendo com os já citados problemas, mas, mesmo assim a alimentação não é adequada e obviamente muitos dos necessitados passam a sofrer de doenças por carência de proteínas, vitaminas etc, muitas delas levando a morte por falta de tratamento."


Postado por Geisy Korneiczuk

Henri Cartier-Bresson - Galeria

1932. Marselha - FRANÇA

1932. Perto da estação ferroviária 'Gare d'Austerlitz'. Paris -FRANÇA


1933. Siena. Toscana - ITÁLIA

1932. Paris - FRANÇA

1932. Paris - FRANÇA

1932. Marselha - FRANÇA

1944. Irene e Frederic Joliot-Curie. Físicos renomados. - FRANÇA 

1933. Valencia - ESPANHA

1932. Bruxelas - BÉLGICA

1933. Madri - ESPANHA

1933. 'Barrio Chino'. Barcelona - ESPANHA

1933. Andaluzia - Sevilha - ESPANHA

1933. Trieste - ITÁLIA

1933. Valencia - ESPANHA

1933. Alicante. Província de Valencia - ESPANHA

1933. Andaluzia. Sevilha - ESPANHA

1951. O pintor francês Henrie Matisse em sua casa. Alpes Marítimos - FRANÇA

1967. 'Martine's Legs'  

1937. Hyde Park. Londres - INGLATERRA

1947. Arizona - ESTADOS UNIDOS

1975. Em um trem - ROMENIA

1950. Madurai. Tamil Nadu - ÍNDIA

1934. Cidade do México - MÉXICO 

Postado por Natália Brunetta

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Kevin Carter: afinal, foi justo?


As pessoas criticaram e condenaram a falta de atitude de Kevin com relação á criança de sua foto mais famosa. Por isso, conversamos com três pessoas e perguntamos se foi justo o que fizeram com Carter naquela época.



Algumas opiniões se diferem, mas o fato é que todos separaram muito bem o profissional do humano. como profissional, Kevin tinha sido perfeito, porém como humano deixou a desejar. Nunca saberemos o que se passou na cabeça do fotógrafo até seu suicídio. Só nos resta, então, apreciar seu trabalho e nos surpreender com o impacto de suas imagens.

Postado por Camila Fencz e Natália Brunetta

Henri Cartier-Bresson







O grande poeta das imagens, o artista inato, o descomplicado e genial fotógrafo: essas são algumas das carinhosas definições deste que, sem questionar muito, foi um dos mestres da fotografia do século XX.

Repórter fotográfico, teve seus trabalhos expostos em revistas como “Life” e “Vogue”. Com seu estilo intimista, Henri se descobriu como fotógrafo em 1931, quando uma fotografia de Martin Munkasci foi publicada na Revista Photographies. A imagem de três meninos correndo em direção ao mar fez com que Henri entendesse que a fotografia pode ser um registro de estado de espírito. Assim, passou observar o mundo com um olhar mais atento e liberto. Sem perder os acontecimentos que se passavam ao seu redor, introduziu ao fotojornalismo um novo conceito: liberdade.

Hanri desprezava fotografias montadas e cenários artificiais, justificando seu desprezo alegando que os fotógrafos deveriam registrar sua imagem de uma forma rápida e bem feita.

"Para mim, a fotografia é um reconhecimento simultâneo, numa fração de segundo, do significado do acontecimento, bem como da precisa organização das formas que dá ao acontecimento sua exata expressão. '' Henri Cartier-Bresson
Como qualquer fotógrafo iniciante, suas primeiras fotografias foram um fracasso; mas isso não fez com que Cartier-Bresson desistisse da fotografia. Adquirindo aquela que foi sua fiel escudeira por uma vida toda, uma câmera da Leica, Henri teve, nos anos de 1932 e 1934, seu ápice, produzindo algumas das suas melhores imagens.

Retratando o que a sociedade oprimia, fez com que metade da Europa se chocasse diante de seus registros. Seu espírito aventureiro, dinâmico e livre o rendeu grande experiência de vida. Suas histórias que traziam episódios como o fato de ter sido prisioneiro por três anos na Segunda Guerra Mundial e ter trabalhado na Resistência Francesa o transformaram em personagem heroico de uma exposição que trazia uma retrospectiva de sua carreira fotográfica. Quando a exposição abriu, seu amigo Robert Capa estava lá.

Em momentos, Henri pensava em desistir, abandonar a fotografia profissional. Em 1970, com 62 anos, casou-se com a fotógrafa Martine Frank. E, neste mesmo ano, abandonou de vez a fotografia profissional, dedicando seu tempo somente a pintura e ao desenho.

Ele escreveu uma história de sucesso como fotógrafo, entre altos e baixos nada fez com que Henri abrisse mão da sua verdadeira paixão. A fotografia transformou sua vida, e as suas fotografias transformaram e transformam a vida de gerações e gerações de fotógrafos.

“Para mim a câmera é um caderno de rascunhos, um instrumento de intuição e espontaneidade, o mestre do instante onde, em termos visuais, questiona e decide ao mesmo tempo. Para poder dar um significado ao mundo, é preciso se sentir envolvido com o que é visto através da câmera. Essa atitude requer concentração, disciplina, sensibilidade e senso de geometria. É pela economia dos meios que chegamos à simplicidade da expressão."
"Tirar uma fotografia significa reconhecer - simultaneamente e em uma fração de segundos - o fato em si e os elementos visuais que formam seu significado. É colocar a cabeça, os olhos e o coração e alguém no mesmo eixo.”

- Henri Cartier-Bresson

Postado por Camila Fencz 

Kevin Carter: o limite entre o profissional e o humano




Quando convocado para cobrir mais uma guerra, dessa vez no Sudão, Kevin Carter foi equipado com sua melhor máquina em busca de mais fotos que retratassem as constantes guerras civis. E foi quando se deparou com a cena de um garoto caído e logo atrás dele um abutre. Kevin enquadrou a foto com perfeição, fez a fotografia e...

É a partir deste momento que muitas dúvidas surgem. O que teria feito o fotógrafo após tirar a foto? Algumas fontes dizem que ele espantou o abutre, outras que simplesmente virou as costas e foi embora. A única coisa que podemos afirmar é que a criança foi deixada assim como ela estava, enquanto Kevin se retirava.

Após vender esta mesma foto pra o The New York Times e vê-la estampar a capa dos jornais, Carter sofreu pressão popular quanto a sua atitude. Logo depois de publicarem a foto, pessoas mandavam cartas e ligavam para a redação do jornal questionando o atual estado da criança e, após Kevin declarar que não a tinha ajudado, a população martirizou-o e o rotulou como desumano.


Em uma entrevista para a revista American Photo, declara que “Essa foi a minha foto de maior sucesso, depois de dez anos como fotógrafo, mas não quero pendurá-la na parede. Eu a odeio”. E mesmo após ganhar o prêmio Pulitzer (uma espécie de Oscar da fotografia), se rendeu aos desaforos.

Muitos profissionais defendem e elogiam o profissionalismo de Kevin, como seu colega de fotojornalismo, Marinovich: “Tragédias e violência certamente geram imagens poderosas. É para isso que somos pagos. Mas cada uma dessas fotos tem um preço: parte da emoção, da vulnerabilidade, da empatia que nos torna humanos se perde cada vez que o obturador é disparado. Evidente que em grau maior, trata-se da mesma banalização que nos acomete ao olhar os jornais diariamente: há abismos demais.”

Carter passou anos fotografando guerras civis na África, vendo de perto a miséria e o desespero. Seu lado profissional falou mais alto e seu lado humano, provavelmente, estava sendo destruído aos poucos. Seria isto justificativa para o abandono da criança? A situação em que o Sudão se encontrava já teria entrado para sua realidade e o feito insensível para tais fatos? Muitas questões permeiam o íntimo desta fotografia. Porém, não podemos negar o quão genial ela é, e a maneira com que expressa e sintetiza todo sofrimento sentido por aquela povo. 

Postado por Camila Fencz

Kevin Carter - Galeria

As fotos de Kevin Carter podem ser caracterizadas pelo seu grande teor de dramaticidade. Fotógrafo esse que sabia como passar emoções pela fotografia e assim chocando quem a vê e ao mundo. Retratando a fome e a violência nas fotos a seguir:





Ken Oosterbroek, amigo de Kevin Carter, membro do 'Clube do Bang-Bang'. Morto em 'combate'.








Postado por Natália Brunetta

Kevin Carter




Kevin Carter começou a carreira em 1983, fotografando eventos esportivos para o jornal Sunday Express, de Johannesburgo, maior cidade da África do Sul. Logo trocaria de jornal, e passaria a cobrir atrocidades políticas para o diário Star. Com os fotógrafos Greg Marinovich, Ken Oosterbroeck e João Silva, reportou em imagens espetaculares a crueldade do apartheid, nos anos entre a libertação de Nelson Mandela (1990) e sua eleição como primeiro presidente negro do país (1994).

O quarteto recebeu o apelido de Clube do Bangue Bangue, pela coragem em expor a própria vida em busca de retratos do terror ao redor. O risco era alto. Oosterbroeck foi morto ao ser atingido por uma bala à queima-roupa, disparada por engano pelas forças de manutenção de paz, no subúrbio de Tokhoza.Marinovich precisou se submeter a sete cirurgias após ser baleado no peito, mas sobreviveu.

Em comum, os quatro - com exceção de João Silva, de Moçambique – cresceram em ambiente branco-burguês numa desigual África do Sul, e se mostravam desiludidos com o país, com a sociedade racista e com a existência em si. Marinovich declarou que vivia de registrar a vida dos outros para tentar esquecer-se da sua própria. Talvez por isso a tamanha coragem e frieza.

Mas nenhum dos outros membros do Clube Bangue Bangue imaginaria um fim tão trágico para Kevin Carter. Após a foto que o tornara conhecido mundialmente, o fotógrafo começara a abusar exageradamente das drogas, e vivia reclamando da falta de dinheiro, da depressão e da enorme culpa. Em 27 de julho de 1994 levou seu carro até um local da sua infância e suicidou-se utilizando uma mangueira para levar a fumaça do escape para dentro de seu carro. Ele morreu envenenado por monóxido de carbono aos 33 anos de idade. Partes da nota de suicídio de Carter diziam:


Estou deprimido… Sem telefone… Sem dinheiro para o aluguel.. Sem dinheiro para ajudar as crianças… Sem dinheiro para as dívidas… Dinheiro!!!... Sou perseguido pela viva lembrança de assassinatos, cadáveres, raiva e dor... Pelas crianças feridas ou famintas... Pelos homens malucos com o dedo no gatilho, muitas vezes policiais, carrascos... Se eu tiver sorte, vou me juntar ao Ken...

Postado por Camila Fencz



quarta-feira, 29 de maio de 2013

Instagram - Perfis que valem a pena


Da exclusividade do IPhone para a popularização do Android. Flickr? Fotolog? Não mais. O Instagram dominou com seus filtros e efeitos, facilitou o compartilhamento de fotos e expôs pessoas que apenas com um celular na mão, fazem verdadeiras obras fotográficas.

Selecionei sete perfis que valem a pena serem seguidos e admirados.