quinta-feira, 30 de maio de 2013

Henri Cartier-Bresson







O grande poeta das imagens, o artista inato, o descomplicado e genial fotógrafo: essas são algumas das carinhosas definições deste que, sem questionar muito, foi um dos mestres da fotografia do século XX.

Repórter fotográfico, teve seus trabalhos expostos em revistas como “Life” e “Vogue”. Com seu estilo intimista, Henri se descobriu como fotógrafo em 1931, quando uma fotografia de Martin Munkasci foi publicada na Revista Photographies. A imagem de três meninos correndo em direção ao mar fez com que Henri entendesse que a fotografia pode ser um registro de estado de espírito. Assim, passou observar o mundo com um olhar mais atento e liberto. Sem perder os acontecimentos que se passavam ao seu redor, introduziu ao fotojornalismo um novo conceito: liberdade.

Hanri desprezava fotografias montadas e cenários artificiais, justificando seu desprezo alegando que os fotógrafos deveriam registrar sua imagem de uma forma rápida e bem feita.

"Para mim, a fotografia é um reconhecimento simultâneo, numa fração de segundo, do significado do acontecimento, bem como da precisa organização das formas que dá ao acontecimento sua exata expressão. '' Henri Cartier-Bresson
Como qualquer fotógrafo iniciante, suas primeiras fotografias foram um fracasso; mas isso não fez com que Cartier-Bresson desistisse da fotografia. Adquirindo aquela que foi sua fiel escudeira por uma vida toda, uma câmera da Leica, Henri teve, nos anos de 1932 e 1934, seu ápice, produzindo algumas das suas melhores imagens.

Retratando o que a sociedade oprimia, fez com que metade da Europa se chocasse diante de seus registros. Seu espírito aventureiro, dinâmico e livre o rendeu grande experiência de vida. Suas histórias que traziam episódios como o fato de ter sido prisioneiro por três anos na Segunda Guerra Mundial e ter trabalhado na Resistência Francesa o transformaram em personagem heroico de uma exposição que trazia uma retrospectiva de sua carreira fotográfica. Quando a exposição abriu, seu amigo Robert Capa estava lá.

Em momentos, Henri pensava em desistir, abandonar a fotografia profissional. Em 1970, com 62 anos, casou-se com a fotógrafa Martine Frank. E, neste mesmo ano, abandonou de vez a fotografia profissional, dedicando seu tempo somente a pintura e ao desenho.

Ele escreveu uma história de sucesso como fotógrafo, entre altos e baixos nada fez com que Henri abrisse mão da sua verdadeira paixão. A fotografia transformou sua vida, e as suas fotografias transformaram e transformam a vida de gerações e gerações de fotógrafos.

“Para mim a câmera é um caderno de rascunhos, um instrumento de intuição e espontaneidade, o mestre do instante onde, em termos visuais, questiona e decide ao mesmo tempo. Para poder dar um significado ao mundo, é preciso se sentir envolvido com o que é visto através da câmera. Essa atitude requer concentração, disciplina, sensibilidade e senso de geometria. É pela economia dos meios que chegamos à simplicidade da expressão."
"Tirar uma fotografia significa reconhecer - simultaneamente e em uma fração de segundos - o fato em si e os elementos visuais que formam seu significado. É colocar a cabeça, os olhos e o coração e alguém no mesmo eixo.”

- Henri Cartier-Bresson

Postado por Camila Fencz 

Nenhum comentário:

Postar um comentário